O Velho
Enquanto Jovem
Malgrado o medo, não me excedo
Vou como aquele tiozinho de meias largas
Esperando que as imperfeições do chão não me
derrubem.
Por isso os voos são curtos e os meios
escassos
Enterrado em sensacionais pensamentos, o não
viver.
Vez por outra encontro um jovem atípico,
centrado, sentado
O banco da praça tem o seu cheiro, os livros
escondem seu rosto.
Vive em um ascetismo de da dó, e que belos
olhos ele tem!
Mas os velhos têm um legitimidade relativa,
Como explanarei ao jovem o direito à
inconseqüência?
As palmadas não surtem efeito em bundas
indiferentes,
E as partes do corpo são mais orgulhosas,
Decerto me faria visível, talvez criasse um
encontro.
E que bonito seria!
Afogar de vida todo um hemisfério humano,
Vê-lo se deliciar com a seiva e depois o
matar, bem mortamente.
Dessa imundície sairia um ser em puro estado
de extinção.
Se somente os aptos sobrevivem, quem
consumiria o restante?
É do estudo demográfico que sobreviverá o
sonho,
E, porquanto promover contatos, saberá ruir o
império.
Os que semeiam a desgraça da cautela,
Salutar não serão, muito menos injetarão
Nessa existência a disciplina!
É preciso ser promoter de si mesmo!
Organizar dedicadamente pautas,
Suar mediante trabalho agreste
E a fim de juntar os pólos,
Não existirá consolo maior do que o conhecer.
Conhece-te a si mesmo e verás o quanto,
Os causos nascerão do entanto e do conflito,
Do que temos e o que esperamos.
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