sábado, 22 de dezembro de 2012


O Sinaleiro dos Medos


Na prisão consciente das almas vazias eu me via.
Era frio, e o tempo sombrio demais para recomeços.
Não queria cansar os olhos de quem me amava;
Pois quando bem se esconde a dor, a alma só espinha.

Se um guia nos aparece por acaso, rio inconsciente.
Tudo quanto é vão e importante se mistura em desejo,
E o que sinto é apenas resíduo de medo.
Aquela mesma escada em que fiquei ainda existe pra ti,
Nós acabamos...
Como dizer que quero algo que me contamina de gritos,
Onde gestos simples me acorrem com metáforas universais?
Queria te dizer tanto, mas me faltou espírito!
Preciso de intermediários pra que o meu carinho te alcance...
Por isso fiz esse poema, por isso não te quis quando me querias!

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