O Que Entendi dos Poetas
Eco das dores centenárias e dos sentidos escorregadios.
Musos da imperfeita centelha que não cessa.
Escorregar de mãos entre o indefinível;
Que ao ofício de Bilac nunca esmorecem os brios.
Decalque da vida são os poetas que muito amaram...
Há quem acredite em refluxo de sentimentos,
Mero espelho.
Os nossos olhos obsequiosos sempre precisam do perdão alheio.
(Ratificar o que de bonito disseram é reviver aureamente a falta!)
A mente de um poeta é igual à de um menino que tem preguiça,
Que de pensar em coisas sólidas demais para a fantasia, recria
infâncias.
A razão das coisas é simples por ser sua,
- a paz nunca vem de baixo.
Natureza ranzinza, instinto benevolente.
A lógica humana universal degolada entre vidas particulares.
O poeta vai decompondo decadências pelo seu encanto.
Por isso, faço uma humilde defesa: não taxem os poetas!
Eles não são tão irrisórios ou incompreensíveis quanto apontam os
filólogos.
-os livros aprisionam os gritos vertidos em suscetibilidades –
Se muitas vezes se fazem tão difíceis, meu caro, é porque são
altruístas demais!
Não querem contaminar legiões sedentas de sentidos;
Vão com a altivez própria dos vanguardistas,
carregando a sua própria solidão
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