Sabores servidos sobre nós dois
Aceito a ideia, vivo os motivos.
Tateio em meus poros a não convivência.
Compenso tudo em flashes,
E quão doces alguns deles são!
O não morrer guardado no cérebro,
Entrelinhas de um gostar fronteiriço.
Beirando o tédio de ti é que assento;
O carinho é um baú de muitas chaves.
Algumas vezes pensativo, sofro.
Há um prazer em te dominar.
Porém o amanhã me reanima,
E deitado, te deixo voar.
Voa, pardalzinha!
Tantas entre mim beliscarão,
Os meus sentidos mais secretos.
Mas se um dia eu descansar, pardalzinha!
Saberás que foi ali que mais te amei.
Saberás que os verdadeiros sopros são beijos inacabados,
Embora nem sempre redemoinhem.
Não mudarás!
Mudarás?
Possivelmente.
O bom sente, todos sentem...
Assim é que de tudo se apropria,
Da dor e das alegrias fugidias se constroem cata-ventos.
O amar é cada um em outono e primavera,
[é carne comida por vegetarianos]