sábado, 29 de junho de 2013

Angelicalmente

Anja, assim intacta
Nenhum espectro a te cobrir
E na matéria mais vã,
enxertar os sonhos,
preparando o campo,
aliciando a ternura,
na espreita de gélidas estações
.
.
.
Teus pesares são leves-
-oh, se são, comparados aos meus!
Sois arquiteta em tudo,
até teus cabelos,
entrelaçados aos meus,
(lindos efeitos fornecem)
Imagino episódios,
afastando infortúnios
Assim sou junto de ti,
porque não há malícia,
nem jogo de azar
Que me faça parir senão o amor;
E assim, vencendo o tempo,
sou parte da sua dimensão
dilatando a vida,
desenhando em teus braços,
para crermos unidos,
em testemunho,
que a esperança tecerá a manhã

sábado, 15 de junho de 2013

Acessos

"As memórias tecem vivos emaranhados,
às vezes,  sonolentas, gemem
Elas têm medo da frouxidão
Certas palavras ditas aqui e acolá poderiam-
ferir todos os poros do alfabeto,
redobrando sensações

Alguns metros de lembrança podem-
num só golpe, demolir
Podem também reavivar,
Eternizando seres, espíritos..."

terça-feira, 11 de junho de 2013

Permanece


Diagramas não aprisionam paixões
Pelas declarações de amor,
inflamadas
sussurros de alma,
é que deixaremos herança

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Inexato

Estas noites nas quais me encasulo,
serenas, medindo-me em malícia
É uma queda de braço metafísica,
Esperando ao final o gladiador

Em qual trincheira deixei o teu querer?
Se não eu, foi você?
.
.
.
.
.
.
Prazer, ultimamente tenho tido em sonhos,
improváveis, sinceros em suas caricaturas
Carecer de sentido, às vezes, é esquivar-se
Sei que é penoso,
Mas vivo as sagradas escrituras.
Tudo isso...tudo aquilo..

Lorotas fúnebres não atraem colibris,
A paz é um campo a semear,
Porque em galhos frondosos pousarão,
As experiências primaveris
E onde estiver, mesmo em parte,
Receberei a vida de braços abertos.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Pequen(i)dade

Nasceu comigo a heresia de sentir,
Mas algo me tornou puritano
Nisso não cabe o onde, o como e o quando.