quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Peregrino


Alegremente passeei
A dois fiz fantasia,
Jogando açúcar e sal
Parecia que o mundo se abria
Era muito mais do que viagem
Eram tantos os fardos,
Alforges de mim pesados
Eram cores singelas
Senti em seus afagos a doçura,
Estanquei com frágil atadura,
Errando a porta entre tantas janelas.

Coisas banais a contragosto
O ditado quase sempre vivido
Patente de capitão consegui;
Não era muita coisa naquela época,
Mas sem querer o que havia,
Tive os sonhos que pude
.
.
.

Não diria que padeci em absoluto,
Ao certo, senti várias espécies de horrores
Confesso que caí sem ter morrido
Se fosse somente para estar ali,
Seria o dono da capitania
Padeci em teia de convenções,
Amolando a faca que matou duas gerações de mim

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Pobre Rima Rica



Esta tarde tão quente e curta
Não incomoda a pedra filosofal.
O ego apenas toma uma forma oval...
Nem vontade sinto de escrever esse poema.