quinta-feira, 6 de março de 2014

Cyber Sibéria


Dança comigo, doce bailarina dos bytes cibernéticos,
Pixels de um sentimento sem fim.
Até onde a tua carne me apregoa o medo,
Quando o que vejo em ti é misto de desejo e segredo;
Fontes de um apegar-se a mim?

Canções digitais não suspendem a última voz,
Pois faceiro em si mesmo é o sangue, que escorrendo,
Inunda o meu ser e a vida inteira;
Razão de tudo é o mistério que nos domina, desafia;
Que, pondo em xeque a certeza defendida,
Tira da inércia um ser amedrontado, mente doentia;
(Não sabe amar nem tentando ser poeira)
.
.
.

Queria eu achar uma relação de braços dados;
De home pages distantes ou de corpos aglutinados;
Que diferentes e a seu modo, me fizessem vivo;
E na sua inteireza e complexidade, com todos os seus pecados;
Colocassem-me em posição de guarda, a espreita...
O sentido morre e renasce,
Sempre há rumores estraçalhados pelos neurônios indiscretos.
Cabe resistir, porque as energias fluem,

Procurando dar abrigo e felicidade àqueles que se deixam.