Justaposição
Os gestos, quando soltos em segredo,
aproximam
E desatentos são os que não o percebem em sua
ingenuidade...
Um casal nunca está só,
Eles ritualizam sacramentalmente,
Os momentos são cheios e eles também
Não há nada que sobrecarregue tanto a
memória,
Os dias descortinam outros, que se perdem e
se reavivam
De geração em geração, os sentimentos
encasulam pessoas...
Vez por outra é a causa que insiste em
persuadir.
Mas só de relance os carinhos se extinguem
E as lágrimas vão em vão- e voltam
Não mais existem sem os sofredores
E se eles a rejeitam em sua frágil
felicidade-
Ela torna a recompor...
Mas os calores da alma excedem os do verão,
Eles são indícios da permanência
E que bela questão essa da imortalidade!
Que me faz beliscar o amor mesmo quando “só”
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