terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Justaposição


Os gestos, quando soltos em segredo, aproximam
E desatentos são os que não o percebem em sua ingenuidade...
Um casal nunca está só,
Eles ritualizam sacramentalmente,
Os momentos são cheios e eles também
Não há nada que sobrecarregue tanto a memória,
Os dias descortinam outros, que se perdem e se reavivam
De geração em geração, os sentimentos encasulam pessoas...
Vez por outra é a causa que insiste em persuadir.

Mas só de relance os carinhos se extinguem
E as lágrimas vão em vão- e voltam
Não mais existem sem os sofredores
E se eles a rejeitam em sua frágil felicidade-
Ela torna a recompor...

Mas os calores da alma excedem os do verão,
Eles são indícios da permanência
E que bela questão essa da imortalidade!
Que me faz beliscar o amor mesmo quando “só”

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