quarta-feira, 21 de maio de 2014

Lugar Comum 




O avelã dos teus lábios,
Na construção de etéreas luzes;
Mecanismos de ação: os seus beijos
Trazendo-me pesarosos segredos.
Nunca dantes navegado,
O seio do meu querer oceano;
Essa força maior, ventania,
Jogava-me contra as pedras: tua direção.


Fortaleza maior é emergir-
É quando o fôlego sobrevive,
E os revezes calcificam certezas.
Minha solidão é prova viva,
Nada mais que isso [embora muito]
Por ter presenciado quarentena nossa.
.
.
.
Falei de ti coadjuvantemente,
Embora não pareça.


O porvir é incerteza.
Meu caminho, tortuoso.
Trilhar em pé e fortemente,
À procura de vigor íntimo.
Qualquer variável a considerar;
O bem estar saciado,
E o meu desejo contemplado,
Assim esperando terminar.


Pressinto em minhas carnes,
A sucção de boas seivas,
Tudo converge à reconstrução.
Essa nuvem de expectativas,
Nada mais é que intuição-
Maravilha restante de ressaca amorosa.


Hoje tive um prenúncio;
Uma folha pequena-
Levemente trazida, veio a mim.
Quem dera trouxesse respostas,
Quem dera amenizasse.
Somos Iluminados pela mesma luz densa,
E um sussurro de paz acalenta-nos nessa praça.
Essa noite está tão fria...
Eu sigo.

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