Poesia da Noite Entristecida
Singela escuridão que
me apavora,
É medo que chega em
matéria
Convulsão de hora em
hora
E triste é quem quer mandar na vontade,
Pois o amor vem e
ultrapassa a necessidade,
Deixando a solidão
como bactéria.
Vou tinindo como 'baliadeira',
Caça mirada, esperando
companheira
Refluir de sensações
em noites brandas
Contato combinado com
distância,
Chega até a ser
deselegância,
Cantar e não formar
cirandas.
É um cantar penoso de
dor, calejado
Porque o amor quando
prensado,
Engole a alma que o
mede
O querer bem que nada
pede
É a marca que sempre
vale.
Vou merecendo tal
proceder,
Porque o orgulho que
nada vê,
Um dia disse que não
sofreria
Quis o claro, não o
dia,
O amargo na satisfação
Eis a minha condição,
Da labuta incandescente
Falo e sinto como toda
gente,
Porém vivendo mágoa
minha.
Na alcova, choro
miudinho,
Vergonhoso de tal situação
Querendo ficar no
instante,
Como estória mal
contada,
De maravilhas
desabitadas,
Em sonho te
aprisionando,
Porque o certo é
caminho tortuoso,
Pois o apaixonado é tinhoso,
Carecendo de conselhos
dos mais velhos.
Carrego duas arrobas de
você,
Em sacos mal amarrados,
Com medo de ficarem cheios,
Vou tentando te
esquecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário